A cheia deste ano é a maior da história'


Funcionário durante aplicação da numeração 2009 no Mural que marca os níveis máximos das cheias no Porto de Manaus


Av. Eduardo Ribeiro, no centro de Manaus: barreiras de contenção e bombas mantinham o controle do nível das águas

Dia após dia o Engenheiro Civil Valderino Pereira da Silva, faz as medições há mais de 20 anos no Porto de Manaus, e surpreende-se com o que vê, a maior cheia da história. A primeira vez que realizaram a medição neste local foi no dia 15 de setembro de 1902 registrando 22,19 metros. Até então, a maior cheia já registrada foi a de 1953, que atingiu 29,69 metros.
Com as enchentes, dos rios, há a ameaça de graves doenças na região. A água invade fossas, cemitérios, depósitos de lixo, e nestes locais, emergem microrganismos infectocontagiosos e animais mortos, além da urina de rato (que pode causar a Leptospirose, doença que pode levar a óbito) que veiculam pelas águas. Na vazante, outro risco de alto grau é a proliferação de insetos, entre eles o da dengue e malária, dada a diversidade de água acumulada nas várias poças d'água, garrafas e outros objetos espalhados pelos quintais e terrenos baldios.
Diante destas ameaças, o Governo se antecipou e já trabalha para evitar a ocorrência de epidemias com campanhas de conscientização e preventivas, envio de kits de medicamentos, mosquiteiros e alimentos, além de distribuir madeira e R$ 300,00 por família através de cartão magnético.
Os cidadãos devem fazer a sua parte. Os alimentos crus devem ser lavados com água limpa, (filtrada ou que tenha sido fervida), e deixá-los de molho em uma mistura de água e hipoclorito de sódio (duas gotas para cada litro de água), e não se esqueça de lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro.
Dos 62 municípios do Amazonas, 52 foram gravemente afetados pela cheia das águas. Segundo a Defesa Civil, a cheia desalojou 50.470 pessoas no Amazonas.
Dia 1 de julho, o nível das águas do Rio Negro atinge 29,77 metros, registrando a maior cheia do Amazonas.

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